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Vila Velha (1996-1999) Série. Ensaio de documentação poética sobre a geologia incomum do Parque Estadual de Vila Velha, PR. Fotografia analógica em preto e branco, impressa em papel de algodão. 50 x 75 cm.

 

VILA VELHA: CIDADE EXTINTA DE PEDRA

 

Há aproximadamente 300 milhões de anos, o gelo, a água e o vento vêm provocando a erosão das rochas de Vila Velha, um verdadeiro monumento da história natural. Itacueretaba,  extinta cidade de pedra, era como os índios a chamavam,  desde muito antes da chegada dos descobridores europeus. As lendas atestam como tentaram explicar a origem dessa antiga fortaleza em ruínas: histórias de uma civilização exótica que acabou sendo transformada em pedra através de encantamentos e maldições...

 

Entre os blocos de arenito existem inúmeras passagens, veios e vãos que conformam volumes que parecem intencionalmente talhados, com pequenas e grandes grutas com frestas em forma de janelas e portais. Há formas que sugerem figuras humanas, animais, ou ainda outras formas que a imaginação fértil recria ao sabor da luz que transforma continuamente as aparências. Há escarpas falhadas que se abrem em corredores labirínticos e caminhos inclinados que levam às torres e aos terraços.

 

Localizada na região de Campos Gerais, no estado do Paraná, Sul do Brasil, Vila Velha tornou-se área de proteção ambiental através da criação do Parque Estadual de Vila Velha. Hoje podemos dizer que já é velha conhecida dos cartões postais e livros de geografia, frequentada tanto por turistas quanto por cientistas. Mas ainda há muita potencialidade estética a ser explorada para dar conta do mistério e do encantamento exercidos pela natureza primordial de Vila Velha. Esse trabalho se propõe a pesquisar alguns caminhos.

 

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